segunda-feira, 20 de abril de 2015

GÊNERO TEXTUAL: CONTO (Mitos)

O ROUBO DO FOGO
(Povo Guaraní)

  Em tempos antigos os Guarani não sabiam acender fogo. Na verdade eles apenas que existia o fogo, ma comiam alimentos crus, pois o fogo estava em poder dos urubus.   
  O fogo estava com estas aves porque foram elas que primeiro descobriram um jeito de se apossar das brasas da grande fogueira do sol. Numa ocasião, quando o sol estava bem fraquinho e o dia não estava muito claro, os urubus foram até lá e retiraram algumas brasas as quais tomavam conta com muito cuidado e zelo. Era por isso que somente estas aves comiam seu alimento assado ou cozido e nehum outro da floresta tinha este privilégio.  
  É claro que todos os urubus tomavam conta das brasas como se fosse um tesouro precioso e não permitiam que ninguém delas se aproximasse. Os homens e os outros animais viviam irritados com isso. Todos queriam roubar o fogo dos urubus, mas ninguém se atrevia a desafiá-los.   
  Um dia, o grande herói Apopocúva retornou de uma longa viagem que fizera. Seu nome era Nhanderequeí, Guerreiro respeitado por todo o povo, decidiu que iria roubar o fogo dos urubus.Reuniu todos os animais, aves e homens da floresta e contou o plano que tinha para enfrentar os temidos urubus, guardiões do fogo. Até mesmo o pequeno curucu, que fora convidado, compareceu dizendo que também tinha muito interesse no fogo.   
  Todos já reunidos, Nhanderequeí expos seu plano:   
  - Todos vocês sabem que os urubus usam fogo para cozinhar. Eles não sabem comer alimento cru. Por isso vou me fingir de morto bem debaixo do ninho deles. Todos vocês devem ficar escondidos e quando eu der uma ordem, avancem para cima deles e os espantem daqui. Dessa forma, poderemos pegar o fogo para nós.
  Todos concordaram e procuraram um lugar para se esconder. Não sabiam por quanto tempo iriam esperar. Nhanderequeí deitou-se. Permaneceu imóvel por um dia inteiro.    
  
  Os urubus, lá do alto, observaram com desconfiança. Será que aquele homem estava morto mesmo ou estava apenas querendo enganá-los? Por via das dúvidas preferiram aguardar mais um pouco.   
  O herói permaneceu o segundo dia do mesmo jeito. Sequer respirava direito para não criar desconfianças nos urubus que continuavam rodenado seu corpo. Foi no fim do tereceiro dia, no entanto, que as aves baixaram as guardas. Ficavam imaginando que não era possível uma pessoa fingir-se de morta por tanto tempo. Ficavam confabulando entre si:
  - Olhem, meus parentes urubus - dizia o chefe urubu - nenhum homem pode fingir-se de morto assim. Já decidi: vamos comê-lo. Podem trazer as brasas para fazermos a fogueira.   
  Um grande alarido se ouviu. Os urubus aprovaram a decisão de seu chefe, e por isso imediatamente partiram para buscar as brasas. Trouxeram e acenderam uma fogueira bonita e vistosa.
  O chefe dos urubus ordenou, então, que trouxessem a comida para ser assada. Um verdadeiro batalhão foi até a presa e a trouxe em seus bicos e garras. Eles acharam o corpo do herói um pouco pesado, mas isso consideraram bom, assim daria para todos os urubus.   
  Eles colocaram Nhanderequeí sobre o fogo, mas graças a uma resina que ele passou pelo corpo, o fogo não o queimava. Num certo momento, o herói se levantou do meio das brasas dando um grande susto nos urubus, que atônitos, voaram todos. Nhanderequeí aproveitoú-se da surpresa e gritou a todos os amigos qque estavam escondidos para que atacassem os urubus e salvassem alguma daquelas brasas ardentes.
  Os urubus, vendo que se tratava de uma armadilha, se esforçaram o máximo que piuderam para apagar as brasas, engolí-las e não permitirem que aqueles seres tomassem posse delas. Fois uma correria geral. Acontece, no entanto, que na pressa de salvar o fogo, quase todas as brasas se apagaram por terem sido pisoteadas.   
  Quando tudo se acalmou, Nhanderequeí chamou a todos e perguntou quantas brasas haviam conseguido. Uns olhavam para os outros na tentativa de saber quem havia salvo alguma brasinha, mas qual foi a tristeza geral ao se depararem com a realidade: niguém havia salavado uma pedrinha sequer.   
  - Só temos carvão e cinzas - disse alguém no meio da multidão.  - E para que nos há de servir isso? - falou Nhanderequeí. - Nossa batalha contra os urubus de nada valeu!  Acontece que, por trás de todos, saiu o pequeno curucu, dizendo:   
  - Durante a luta os urubus se preocuparam apenas com os animais grandes e não notaram que eu peguei uma brasinha e coloquei na minha boca. Espero que ainda esteja acesa. Mas pode ser que...   
  - Depressa. Pare de falar, meu caro curucu. Não podemos perder tempo. Dê-me esta brasa imediatamente - disse Nhanderequeí, tomando a brasa em suas mãos e assoprando levemente.   
  Todos os animais ficaram atentos às ações do herói que tratava com muito cuidado aquele pequeno luzeiro. Pegou-o na mão e colocou um pouquinho de palha e assoprou novamente. Com isso ele conseguiu um pequeno riozonho de fumaça. Isso foi o bastante para incomodar os animais, que logo disseram:     - Se o fogo sempre faz fumaça, não será bom para nós. Nós não suportamos fumaça.
  Dizendo isso, os bichos foram embora, deixando o fogo com os homens e com as aves.   
  Nhanderequeí soprou de novo. Ele fazia com todo cuidado, com todo jeito. Logo em seguida à fumaça, aconteceu um cheiro de quimado. Isso foi o bastante para que as aves se incomodassem e dissessem:   
  - Nós não gostamos desse cheiro que sai do fogo. Isso não é bom para as aves. Fiquem vocês com este fogo.
  Dizendo isso, Nhanderequeí soprou ainda mais forte e, finalmente, as chamas apareceram no meio da palha e do carvão que sustentaram o fogo aceso para sempre. 
  Percebendo que tudo estava sob controle, o herói ordenou que seus parentes encontrassem madeiras canelinha, criciúma, cacho de coqueiro e cipó-de-sapo e as usassem sempre toda vez que quisessem acender e conservar o fogo. Além disso, o corajoso herói ensinou os Apopocúva a fazer um pilãozinho onde guardar as brasas e assim conservar o fogo para sempre.  
  
  Dizem os velhos desse povo que até os dias de hoje os Apopocúva guardam o pilãozinho e aquelas madeiras.



Munduruk, Daniel. Contos Indígenas Brasileiros. 2. ed. São Paulo: Global, 2005.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Gênero Textual:

Autobiografias - 6º ano



Minha Autobiografia

Eu sou José e tenho 13 anos. Moro com minha mãe e meu pai e nasci no ida 8 de março. Adoro o dia do meu aniversário. Quando eu faço aniversário, vou pro Beto Carrero e pro parque aquático. 
Quando eu  tinha 4 anos, eu e minha irmã ficávamos pulando da cama até o sofá e eu caí e bati com a cabeça. Levei 4 pontos na testa, sangrou muito. Num outro dia eu fui brincar com meu cachorro e levei uma mordida do cachorro na bochecha.
Eu tinha 11 anos quando meu irmão nasceu, neste ano, meu pai começou a construir uma casa na praia e foi muito legal.
José Luiz


História da Minha Vida

Meu nome é Amanda Iasmin, tenho 11 anos. Nasci no dia 10/09 em uma segunda-feira, no Hospital Dona Helena. Eu pesava 3,240 Kg e media 48 centímetros. Meu nome foi escolhido pela minha mãe e meu pai, e significa AMADA.
Os meus primeiros dentes nasceram quando eu tinha 6 meses e dei meus primeiros passos com 1 aninho.
Na minha infância gostava muito de cantar e dançar, era muito perfeccionista, não podia ver nada fora do lugar e eu também era muito risonha.
Até hoje gosto muito de dançar e cantar e me considero divertida, mas também sou muito brava.
Hoje o que eu faço é apenas estudar, ajudar minha mãe e brincar, mas quando eu ficar adulta pretendo trabalhar e fazer faculdade, por enquanto, pretendo fazer aula de violão.
Eu tenho dois irmãos, Letícia e Davi; meus pais, Adriano e Olga, e meu coelhinho.
Essa é minha família, tem 6 pessoas e são muito abençoadas.
E também tenho amigos super legais.
A.I.F.



Autobiografia

Meu nome é Marcus, o nome da minha mãe é Cintia e meu pai Luciano. Tenho olhos verdes, sou louro e nasci no dia 28/04 na Maternidade da minha cidade. Tenho quatro irmãos, dois por parte de pais e dois por parte de mãe.
Gosto de brincar  e jogar vôlei; gosto muito de estudar e minhas matérias preferidas são Matemática, Português e Educação Física.
Adoro brincar com meus vizinhos e conversar conversar com eles na internet e na escola. Faço natação há três anos.
Sou tio de uma menina e minha madrinha tem um filho de 2 anos e tá grávida de 9 meses.
Essa é minha história.
M.V.B.


Eu vivi

Eu nasci com 1,5 kg e com 44 centímetros. Mamãe disse que nunca viu um bebê igual a mim. Eu nasci com os olhos bem azuis. Aos nove meses saí das fraldas. Nunca engatinhei. Meu veio da minha bisa Julia, mas meu pai achou que Julia era muito forte, então eu ganhei o nome de Ana Julia. 
Eu nunca conheci meu avô paterno, e por isso só tenho um avô e duas avós. Eu adoro a casa das minhas avós. Quando eu era menor, ia para a creche e era meu pai que cuidava de mim. Uma vez eu roí as madeirinhas do berço, mamãe até fez uma piada.
Eu era bem espertinha, e meu pai dizia que eu passava a perna em qualquer um que não fosse esperto o suficiente.
Eu tive duas professoras que nunca vou esquecer: a prof. Vanessa e a prof. Solange.
Para passar o tempo eu gosto de andar de skate ou roller e jogar no X-Box. Também pratico dança e ando de bicicleta.
Não como porcaria. Sou muito perfeccionista e dançarina, já fiz Dança do Ventre, break e dança de rua. Também sou lutadora, já fui tricampeã.
A. J.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Sequência Didática

Sequência Didática - Gênero Memórias Literárias

1. Compartilhando a proposta com os alunos
- Explicar aos alunos que durante esse trimestre estaremos estudando o gênero "memórias literárias" e que em meio a isto, participando da Olimpíada da Língua Portuguesa, desenvolvendo diversas atividades (oficinas) propostas pela Olimpíada.
- Questioná-los a cerca do conhecimento que têm sobre o gênero, sua função e em que tipos de suporte devem ser colocados.
- Explicar que ao final das atividades selecionaremos textos para participar da Olimpíada.

2. Conhecimento prévio dos alunos
a) Qual a diferença entre memória e memórias??
b) Questioná-los se há algum fato na vida deles que mereça ser registrado para sempre na memória.

3. Ampliando o repertório
Apresentar alguns textos de memórias, ler e discutir com os alunos quais as características desse gênero.
Textos: Um texto de memórias - Guilherme Augusto Araújo Fernandes - A velhinha que dava nome às coisas - Memórias da Emília
- Leitura e compreensão
- Gramática: Pronomes pessoais e possessivos; verbos (passado); pontuação.
- Comparação, metáfora, personificação, hipérbole, metonímia e ironia.

Desenvolvendo as Oficinas da Olimpíadas da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro
Sequência Didática: 
1. Fazer os alunos escreverem um primeiro texto e avaliar suas capacidades iniciais;
2. Escolhe e adaptar as atividades de acordo com situação escolar e  necessidade dos alunos;
3. Trabalhar com os textos do mesmo gênero, produzidos por adultos ou por outros alunos;
4. Trabalhar sistematicamente as dimensões verbais e as formas de expressão da língua portuguesa;
5.Estimular progressivamente a autonomia e as escrita criativa dos alunos.
Oficina 1 - Textos "Transplante de menina" e "Parecida mas diferente" (Conversar com  pessoas idosas resgatar memórias, histórias fotos ou objetos antigos).
Oficina 2 - Listas as atividades que serão desenvolvidas durante as oficinas.
Oficina 3 - Diferenciar os gêneros semelhantes aos textos de memórias: Diário, memórias literárias e relatos históricos.
Oficina 4 - Produzir o primeiro texto de memórias (individual e posteriormente elaborar um texto coletivo).
Oficina 5 - Estrutura (Foco narrativo - Pronomes pessoais e possessivos).
Oficina 6 - Descrevendo lugares comuns (públicos).
Oficina 7 - Comparando lugares antigos a atuais.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Autobiografia

AUTOBIOGRAFIA



Gênero literário em que se escreve sobre os fatos que aconteceram e acontecem na vida do autor, fatos esses, marcantes ou não, mas que foram importantes ao longo da vida do autobiografado. Semelhante a Biografia, a Autobiografia difere apenas em relação ao foco narrativo que é em 1ª  pessoa, predominando o EU. Nesse gênero é o autor que conta os episódio da sua vida.
Apresentaremos agora algumas autobiografias dos alunos do 6° ano 1 e 2 da Escola Prof. Oswaldo Cabral.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Dicas de Ortografia



Há muitas palavras que nos confundem em relação a sua grafia, mas estas são realmente campeãs:


Desde se escreve junto, "Sandra e eu nos conhecemos desde a infância."
Meia pode ser usada para: "Cheguei há meia hora."
                                          "Você deve usar meia preta com calça preta."
                                          "Ana comeu meia maçã, mais uma laranja e meia."
Ou seja, meia = metade ou meia = peça de roupa.
Nunca usar como : "Carla é meia chata" ou "Estou meia doente(eu Ana)", pra começar, ninguém é meio chata ou está meio doente, mas como é comum utilizarmos esse termo, o correto é MEIO, seja para o feminino ou masculino, já que meio é um advérbio.
Então de agora em diante fale: estou meio cansada, meio sufocada....

MENAS, a diferença é que essa palavra não existe, o correto é sempre MENOS. "Hoje, na reunião, compareceram menos pessoas que ontem."

A gente se escreve separado e é utilizado no lugar do pronome Nós.
Agente, só secreto.
Mais é contrário (antônimo) de menos.
Mas é sinônimo de porém.
Quizer se escreve com S => Quiser, quis.

Mexer é com X, assim como Xingar.
E aquele ditado, "Os incomodados que se mudem", é isso mesmo, é com I.

Comente, deixe sua contribuição.
Acompanhe-nos também no face.
                                                             Abraços e até a próxima.



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mal ou mau???

Dizem por aí que a Língua Portuguesa é a mais difícil do mundo, com tantas regras, acentos e palavras parecidas. Sim nossa língua pode não ser das mais fáceis, mas podemos ter alguns truques na manga para aquelas dúvidas que não nos deixam em paz. Sempre tenho dúvidas em relação ao uso do "mal e mau", então vamos lá.
Eu poderia dizer que a palavra MAU é um adjetivo, pois caracteriza o substantivo, ou como podemos dizer, adjetivos são as palavras que dão "qualidade" (escrevi entre aspas, porque mau nunca será uma qualidade, o correto seria mesmo característica) ao substantivo. Um exemplo "Pedro é um garoto mau."
Pedro = substantivo, desta forma a palavra MAU está dando uma característica ao substantivo, logo é um adjetivo.
Ainda assim, posso não resolver esta dúvida de quando usar o MAU ou MAL, então vamos pensar assim:
Mau = Bom e Mal = Bem, ou seja o bem contra o mal, ou Esse menino é mal-educado ou bem-educado?
Assim o menino que é bom não pode ser mau.
Então pense sempre em na troca do BOM pelo MaU ou do MaL pelo BEM.

Espero que essa dica ajude!!!